Luana Piovani chorou ao lembrar a denúncia de violência doméstica contra Dado Dolabella em 2008. Em participação no “Sem Censura”, da TV Brasil, a atriz lamentou as críticas e falta de apoio na época em que tudo aconteceu. 




 

“O mundo é uma máquina de moer mulher. A maior dor que eu passei não foi ter sido agredida, foi o que a sociedade fez comigo depois. Estava em uma época que não era um movimento comum. As pessoas adoram dar personagens para a gente e quando a gente não aceita esses personagens, ficam com raiva”, disse, acrescentando:

 

“Eu nunca aceitei essa roupinha que a sociedade brasileira quis me vestir. Então, que aconteceu: quando eu fui lá e denunciei a violência, as pessoas me espezinharam, a sociedade me espezinhou (…) Eu não tive suporte de absolutamente ninguém que não fossem os meus pais, os meus cinco amigos que souberam e o meu terapeuta”.

'O que atrapalha muito a nossa luta são as mulheres machistas' 

 

Além disso, Luana Piovani também recordou que o noivo de Wanessa Camargo, seu ex, foi exaltado depois da agressão. “As pessoas diziam que eu tinha feito aquilo porque eu queria aparecer, queria chamar atenção. E existiam milhares, milhões de mulheres que falavam ‘vem bater em mim’ [para Dado], porque o cara era considerado bonito, sex symbol", disparou.

 

Em lágrimas, ela finalizou: "Mas o que atrapalha muito a nossa luta são as mulheres machistas, que são quase um terço do planeta machista. Enquanto as mulheres forem machistas, elas dão forças aos homens machistas”. 

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