O Brasil perdeu nesta quinta-feira (03) um dos maiores nomes do jornalismo na televisão. Cid Moreira estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia, mas não resistiu. O comunicador morreu nesta manhã.




 

Dono de uma voz única, Cid Moreira ganhou destaque na TV como jornalista ao apresentar o "Jornal Nacional" e mal ele sabia que ficaria por mais 26 anos na bancada do programa, hoje comandado por William Bonner.   

 

Segundo o Memória Globo, Cid deu "boa noite" cerca de 8 mil vezes e ainda marcou as reportagens especiais do "Fantástico".


Cid Moreira nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927 e completou 97 anos na última sexta-feira (27). Ele foi descoberto por um amigo que o incentivou a fazer teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté e iniciou a carreira no rádio em 1944. Nos anos seguintes, narrou comerciais até se mudar para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade. 

 

A estreia como locutor foi na TV Rio, em 1963, na equipe do 'Jornal de Vanguarda' e Cid voltou trabalhar na TV Globo em 1969 como substituto de Luís Jatobá no 'Jornal da Globo', um noticiário de 15 minutos de duração. 




 

"Eu chegava no horário de fazer o jornal, não participava da redação. Eu só ia para apresentar o jornal. Naquele dia, cheguei e vi aquele nervosismo, todo mundo preocupado. E, para mim, era normal. Mas no dia seguinte, vi na capa do jornal O Globo: 'Jornal Nacional…'. Aí comecei a perceber a dimensão", revelou. "Eu ainda tinha na minha cabeça a ideia de rádio, que estava em todos os lares, em todas as casas, pela facilidade. A televisão não tinha essa facilidade", disse.

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