Dupla de Zé Neto, Cristiano veio a público para falar sobre a pausa da dupla pelos próximos 3 meses para que sertanejo trate da depressão de síndrome do pânico aguda. O cantor fez uma carta aberta aos fãs, dizendo que "não existia" outra saída a não ser o tratamento. Além disso, contou que o cantor vem lutando contra há doença há quase quatro anos.




 

 

Leia a carta aberta escrita por Cristiano na íntegra


 

“Depressão é o câncer da alma. É algo que leva a morte, mesmo sem aparecer em nenhum exame. É uma doença que não escolhe, cor, raça, gênero ou classe social.

Ela vem quando menos se espera, ela não tem uma causa determinada, ela vem de uma somatória, e principalmente por preconceito de terceiros e de si mesmo, por não assumirmos que estamos doentes, que precisamos de ajuda, sorrir mesmo destruído por dentro pra tentar mostrar estar bem, afinal não aceitamos nos sentir moles, fracos e vulneráveis, somos treinados a nos importar mais com a opinião alheia do que com nosso bem estar fisico e mental.

Ela afeta quem não se aceita como é, afeta quem não sabe lidar com a perca, com quem não se satisfaz, com quem se perde no caminho e não sabe em que momento se perdeu, não aceita ter uma vida perfeita ainda sim adoecer!


Luto com o meu irmão há quase 4 anos, tentando de toda forma ajudá-lo a se levantar, convivendo com isso, sofrendo com isso, sem poder falar a verdade, sem poder pedir socorro, eu sei o que vivi nesses 4 anos como ninguém.





O Zé me chama de irmão mais velho, e eu sempre me senti na obrigação e por amor cuidar dele durante esses quase 15 anos de carreira. E não existia mais saída, não tinha opção, era preciso parar, dar um tempo.


Eu não me importo com a fama, com o desaparecimento da dupla, do esquecimento, eu me importo com quem eu amo! Jamais me perdoaria se perdesse o Zé, pois eu prometi quando tudo isso começou, que daria até minha ultima gota de sangue por ele, e garanto que to cheio de sangue.


Ele estava bebendo? Sim, muito, exageradamente, mas quando se esta doente, alguma coisa precisa anestesiar aquela dor pra se seguir em frente. Alguns caem nas drogas, outros no álcool, outros no suicídio. Conseguimos parar a tempo de não evoluir para um fim trágico.





Eu tirei um espinho da garganta, de sempre ter que fingir que ta tudo bem, quando não esta… Se eu deveria estar triste? Não sei, o que sei que estou feliz e aliviado por finalmente isso ser tratado da maneira que deve. Em 15 anos de carreira quase, nunca nada foi facil pra mim e pra ele, sempre vivemos de superação, e dessa vez nao vai ser diferente.


Voltaremos fortes como sempre". 

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