Alexandra Frota era amigo de Raul Gazolla e Guilherme de Pádua (1969-2022) quando Daniella Perez (1970-1992) foi assassinada. O ex-deputado federal participou do podcast Ticaracaticast e revelou que ficou chocado com o que viu na série documental Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, da HBO Max.




O ex-deputado destacou que não sabia de muitas coisas que o documentário mostrou sobre o crime que chocou o Brasil, como o fato de que Glória Perez já sabia quem era o assassino no dia do enterro de Daniella.

 

"O que me deixou chocado é que a Gloria Perez já sabia no cemitério que ele [Guilherme] tinha matado, e lá ela não falou para gente, a gente só soube depois pela mãe do Raul Gazolla", explicou.

 

Segundo Alexandre, a mãe de Gazolla, Norma, contou para ele e outros amigos do ator dentro de uma capela. "Ela falou pra gente dentro da capela, tinha uma galera, e a mãe do Gazolla me chamou, eu sou muito amigo dele, e falou: 'olha, a polícia já sabe quem matou a Daniela. Foi o Guilherme de Pádua'. Falei: 'não pode ser, Norma'. Ela falou: 'Foi Frota, e eu preciso falar isso para o Raul'", destacou.




 

"Eu conheço o Raul, sei como ele é… Aí a gente pediu pra todo mundo sair da capela, trancamos, aí o Raul estava sentado de cabeça baixa, eu ajoelhei entre as pernas dele e abracei ele, fiz um cadeadinho atrás… O Maurício Mattar sentou de um lado, o Fábio Assunção de outro, e o Tony Tornado atrás fazendo massagem nele", acrescentou.

 

Frota contou que, mesmo segurando Gazolla, o amigo se levantou. "Aí a mãe dele veio no canto e falou na orelha dele: 'filho, você precisa ser forte, mas a polícia já sabe quem matou a Daniela'. E ele de cabeça baixa, perguntou 'quem?', e ela fala: 'foi o Guilherme de Pádua'. Ele [Raul] levantou com todo mundo, ele quebrou a capela inteira, comeu o banco da capela, ficou em posição fetal, eu pulei em cima dele, e ele gritava", pontuou.

 

Alexandre Frota ainda revelou que, nesse momento Raul ficou "louco" porque pouco depois do assassinato, Guilherme teria ido ao encontro dele para prestar solidariedade, o abraçou e deu um beijo no rosto. "24 horas antes o Guilherme foi na delegacia, encontrou o Gazolla, e falou assim: 'irmão, eu adorava a Daniela, o que eu puder fazer por você, você me fala que estou aqui para te ajudar'. E abraçou o Gazolla e deu um beijo no rosto dele... E o Gazolla ficou com isso na cabeça, e falava: 'caralho, Frota, eu vou matar esse cara'. Ele ficou louco, falou: 'caralho Frota, o cara me abraçou, me deu um beijo no rosto'", finalizou.

 

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra:

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