Bicampeão mundial de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi, de 75 anos de idade, quer entrar para a polÃtica. Mas seu objetivo não é trabalhar em BrasÃlia, no Distrito Federal. A lenda do automobilismo nacional se candidatou ao Senado da Itália, que terá eleições parlamentares em setembro.
O ex-piloto de Lotus e McLaren vai concorrer a um lugar no Parlamento italiano pelo partido Fratelli d’Italia, considerado de extrema-direita. De acordo com as informações do jornal Il Giornale, Emerson tomou a decisão na semana passada, após longo telefonema com Giorgia Meloni. A lÃder do partido tem chances reais de se tornar a nova primeira-ministra da Itália nas próximas eleições. Ainda segundo o periódico, o esportista recebeu o apoio do presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) para sua candidatura.
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Nas eleições parlamentares da Itália, Emerson Fittipaldi vai apoiar o candidato à reeleição na Câmara, Luis Roberto Lorenzato, do Lega Nord (Liga Norte), outro partido de direita. Emerson é brasileiro, nascido em São Paulo. Seu pai, Wilson Fittipaldi, mais conhecido como "Barão", também nasceu no Brasil, mas era filho de imigrantes italianos e tinha a cidadania do paÃs europeu, permitindo a Emerson fazer o mesmo. O lado italiano da famÃlia do bicampeão é originário de Trecchina, cidade com pouco mais de 2.500 mil habitantes, na ProvÃncia de Potenza, na região Basilicata.
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O brasileiro já anunciou que, se eleito, pretende realizar um projeto bem estruturado na área esportiva. "Estou muito feliz em concorrer ao Senado Italiano por meio das eleições parlamentares de setembro. Já tenho várias propostas desenhadas e todas elas têm como objetivo promover ações ligadas aos brasileiros em terras italianas, tanto ligadas à cultura quanto ao esporte. Espero ter o apoio dos cidadãos Ãtalo-brasileiros e dos meus queridos amigos da América do Sul", comentou Fittipaldi ao veÃculo italiano.
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Além do ex-piloto, o brasileiro Andrea Matarazzo também está no pleito pelo partido PSI (Partido Socialista Italiano), sigla de centro-esquerda em coligação do com PD (Partido Democrático). Ele foi embaixador do Brasil em Roma de 2001 a 2002. Desde 2006, com a aprovação de uma emenda constitucional, seis cadeiras do Senado são reservadas para italianos residentes no exterior. Até 2018, a América do Sul tinha direito a quatro vagas na Câmara dos Deputados e duas no Senado, porém, uma reforma polÃtica aprovada em 2020 reduziu este número pela metade.