Fernanda Montenegro, 93 anos de idade, está na faixa etária em que já não precisa votar – aos maiores de 70 anos o voto é facultativo no país. Mas ela não se dá por satisfeita. E pretende comparecer à sua zona eleitoral em outubro.




 

Em entrevista ao colunista Valmir Moratelli, da revista Veja, a atriz declarou na última quarta-feira (10/08) que votará no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022.  A grande dama do teatro brasileiro afirmou que seu voto será um repúdio ao desmonte da Cultura promovido pelo governo Jair Messias Bolsonaro (PL), que ela chama de inoperante.

 

"Sem a cultura das artes, um país não existe – está provado na História. O atual governo é tragicamente inoperante, vendável e comprável", declarou Fernanda, que também é membro imortal da Academia Brasileira de Letras.

 

Embora já tenha criticado Lula ao falar que ele seria um retorno ao passado, a liderança do petista nas pesquisas pesa na escolha de seu voto de protesto contra Bolsonaro. "Na concorrência, Lula está à frente? Que venha Lula!", afirmou a veterana.




 

Montenegro sempre foi "discretíssima" em relação à política. Considerada um dos grandes nomes das artes no país, a artista já foi alvo de fake news e ataques de bolsonaristas após criticar a atual política cultural do governo federal.

 

Apesar da postura, Fernanda Montenegro foi uma das primeiras celebridades a assinar a Carta às brasileiras e aos brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, organizada por alunos, professores e diretoria da instituição da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo). Outros famosos como Antonio Pitanga, Antônio Fagundes, Andréa Beltrão, Adriana Esteves, Alinne Moraes, Alice Wegmann, Alessandra Negrini, Bruno Mazzeo, Camila Pitanga, Cláudia Abreu, Christiane Torloni, Cissa Guimarães, Débora Bloch, Dira Paes, Enrique Díaz, Eduardo Moscovis, Fernanda Torres, Fábio Assunção, Ícaro Silva, José de Abreu, Lázaro Ramos, Marieta Severo, Maria Ribeiro, Marcos Palmeira, Paulo Betti, Wagner Moura também deixaram seu nome no documento, que conta com quase 1 milhão de assinaturas.

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