Nesta segunda-feira (13), os deputados do PL, o Capitão Augusto e Dani Alonso, do PL, federal e estadual, respectivamente, encaminharam um ofício ao prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e ao governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No documento, os parlamentares pediram que a Escola de Samba Vai-Vai não receba dinheiro público no próximo em 2025.

Isso porque a escola representou a tropa de choque da Polícia Militar (PM) com alusão à figura de demônios, durante o desfile do último sábado (10), no Anhembi.




O documentou começou: “Foi com grande consternação que presenciamos a escola de samba em questão retratar, de forma deliberadamente ofensiva, os policiais militares e outros agentes de segurança como figuras demoníacas em uma de suas alegorias”. Ainda conforme os deputados: “tal atitude não somente desrespeita a honra e a dignidade dos profissionais que dedicam suas vidas à proteção da sociedade, mas também contribui para a propagação de uma imagem negativa das forças de segurança”.

Os parlamentares também sugeriram “possíveis ligações” entre a Vai-Vai e organizações criminosas, como o PCC: “Estas associações são extremamente preocupantes, pois sugerem uma tentativa de minar a confiança pública nas instituições responsáveis pela segurança e ordem pública”, afirmam. Por fim, o deputado Augusto finalizou: “Proponho que a escola de samba Vai-Vai seja proibida de receber qualquer forma de recurso público no próximo ano fiscal, como forma de sanção pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada”.

Vai-Vai se pronuncia 

Em nota oficial, a Vai-Vai, afirmou que a ala em questão “fez uma justa homenagem ao álbum e ao próprio Racionais Mcs, sem a intenção de promover qualquer tipo de ataque individualizado ou provocação, mas sim uma ala, como as outras 19 apresentadas pela escola, que homenageiam um movimento”.




“Em 2024, a escola de samba Vai-Vai levou para a avenida o enredo Capitulo 4, Versículo 3 – Da rua e do povo, o Hip Hop – Um manifesto paulistano. Como o próprio nome diz, tratou-se de um manifesto, uma crítica ao que se entende por cultura na cidade de São Paulo, que exclui manifestações culturais como o hip hop e seus quatro elementos – breaking, graffiti, MCs e DJs. Além disso, o desfile buscou homenagear e dar vez e voz aos muitos artistas excluídos que nunca tiveram seu talento e sua trajetória notadamente reconhecidos”, finalizou.

 

 

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