Com o laudo oficial que aponta a causa da morte de Ana Benevides, fã que morreu no show de Taylor Swift no último dia 17 de novembro, o advogado João Paulo Sales Delmondes, afirmou que a família pretende entrar com uma ação judicial. 

O documento revelou que a jovem sofreu uma morte súbita por exaustão térmica decorrente do calor extremo a que foi exposta no evento. No dia, a sensação térmica no Engenhão, Rio de Janeiro, era de 59 graus.




Dessa forma, ao G1, o advogado afirmou que o laudo comprova negligência dos organizadores: "O laudo acaba confirmando a falha da organização do evento, sobretudo, a sua omissão com todos os fãs, dificultando o acesso à água e a pontos de hidratação. Isso fez com que a Ana ficasse exposta ao calor extremo e, fatalmente, combinasse com a sua morte".

Sales também comentou sobre as providências que os familiares deverão tomar no futuro: "Em razão disso, a família da Ana Clara pretende aguardar a conclusão das investigações no âmbito do inquérito, para verificar qual será o desdobramento com a punição dos responsáveis na esfera criminal e mover as ações judiciais necessárias, objetivando uma reparação de um dano." Ainda conforme o laudo da perícia, a Ana Clara não ingeriu bebida alcoólica, não consumiu substâncias tóxicas, e também não sofria com doenças preexistentes.

Time For Fun alega ter seguido protocolos de segurança 

Em nota, a Time For Fun afirmou que "seguiu todas as melhores práticas de organização de eventos", conforme abaixo:

"A T4F seguiu todas as melhores práticas de organização de eventos, incluindo todas as exigências das autoridades, distribuiu milhares de copos de água e permitiu a entrada com copos de água descartáveis sem qualquer limitação de quantidade no dia do show. A empresa reitera, como tem feito desde o ocorrido, que lamenta profundamente a perda de Ana Clara. Ela foi prontamente atendida por socorristas e encaminhada em ambulância UTI, acompanhada por médicos até o hospital para que pudesse receber atendimento. A empresa segue prestando todas as informações solicitadas pelos órgãos públicos e colabora com as autoridades na investigação em curso. Em mais de 40 anos de atuação, a empresa nunca havia registrado um episódio trágico como o ocorrido no Engenhão, decorrente de fator climático."

 

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