Renata Ceribelli, de 58 anos, que estreia no próximo domingo (22/10), o mais novo quadro no Fantástico, intitulado Prazer, Renata. Em entrevista exclusiva para a revista Marie Claire, a jornalista abriu o jogo sobre a revolução do prazer das mulheres.
"O Prazer, Renata surgiu para falar com mulheres de diferentes gerações sobre o mesmo tema do universo feminino e a gente sempre caia na questão sexual, de relacionamento, de acabar com os tabus do relacionamento e saúde femininas... estamos chegando ao centésimo episódio e decidimos fazer uma série para TV, só que neste caso, focado único e exclusivamente no prazer feminino em diferentes gerações. Tem muito assunto pouco explorado focado apenas no prazer", comentou.
Entre os temas abordados estão a revolução do prazer feminino nas últimas décadas; o desenvolvimento de modelos de vibradores que alavancou as vendas, principalmente a partir da pandemia da Covid-19; e a importância de ter acesso às informações e do diálogo das pacientes com seus ginecologistas sobre o bem-estar sexual.
A apresentadora revelou que comprou primeiro vibrador aos 40 anos. "Por que não sou livre para senti-lo? Por que não me dou essa liberdade? Onde mora o meu prazer? O que eu quero provocar nas mulheres é isso. Eu me conheço? Sei o que me dá prazer? Estou falando sobre prazer feminino como algo muito sério. A masturbação faz parte da vida das mulheres e isso muitas vezes é escondido. Eu fui comprar o meu primeiro vibrador mesmo depois dos 40 anos. E hoje todas as meninas têm", destacou.
"Eu aprendi muito. Sempre quis ser uma mulher do meu tempo, que fala do prazer sexual, dá valor para isso e continua fazendo questão de ter uma vida sexual ativa".
"Mulher não podia falar de sexo, acho isso revolucionário na minha vida e uma revolução que as mulheres estão fazendo junto da minha geração. Mas talvez falte muito ainda, porque o Brasil tem muitas diferenças de valores, tem pessoas mais conservadoras", desabafou.
Discreta com relação à vida pessoal, Renata abriu o jogo sobre a sua vida sexual e confessou que buscar pessoas da sua geração, é um desafio pois eles costumam ter um pensamento retrógrado. "Tenho uma vida sexual muito feliz e muito mais livre, mais consciente do que eu gosto, dos meus desejos. Acho que sou dona do meu desejo e o respeito", afirmou.
"Hoje, só me relaciono com quem me responde à altura. Temos que ser mais seletivas mesmo e acho que tem homens bacanas e tentando aprender. Confesso que já ouvi o discurso 'tem que explicar para os homens também quem é essa nova mulher', e penso que não temos que explicar nada, eles que lutem, eles que têm que entender. Nunca ninguém nos ensinou, a gente foi à luta para descobrir como nos dar prazer. Eu com 59 anos posso te garantir que é muito difícil me relacionar com homens da minha geração. Esses homens têm dificuldade de entender quem somos hoje, porque querem uma mulher para ser sua mãe, para cuidar e ser companheira. Para esse papel, eu não estou mais disponível. Não preciso do dinheiro deles ou de um homem para me validar", disse.