A Seleção Brasileira estreia na Copa do Mundo do Catar nesta quinta-feira (24/11), em um jogo contra a Sérvia e o jogador de futebol Neymar Jr. havia prometido festejar seu primeiro gol na competição fazendo uma homenagem ao presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL). No entanto, a Fifa proíbe qualquer tipo de manifestação política, com exceção de defesa de direitos humanos.




O craque prometeu fazer o símbolo 22 com os dedos, em alusão ao número do partido pelo qual o político disputou a reeleição. Outra opção, menos provável, seria fazer a "arminha" com as mãos, marca registrada do chefe de Estado, o que poderia causar certo estrago em termos de imagem e repercussão.

 

O Camisa 10  da Seleção Brasileira declarou seu apoio a Bolsonaro antes do primeiro turno de 2 de outubro, que acabou sendo vencido por Luis Inácio Lula da Silva (PT), em um caso raro entre a maioria dos futebolistas, que optaram pelo silêncio. O atleta é eleitor assumido do futuro ex-presidente do Brasil.

 

De acordo com as informações do jornal O Globo, o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito esportivo, afirmou qualquer atleta que, durante uma partida da Copa, expresse-se de forma a associar-se a um governo ou grupo político se arrisca a levar uma punição disciplinar.




 

O artigo 33 do regulamento da Copa do Mundo também destaca: "A exibição de mensagem política, religiosa ou pessoa ou slogans de qualquer natureza ou linguagem ou forma por jogadores e oficiais (árbitros e técnicos) é proibido. A regra do futebol, em seu artigo 4º, também tem veto a mensagens políticas religiosas ou pessoais".

 

Vale destacar, que existe exceção para manifestações em prol da defesa de Direitos Humanos, como asprevistas contra a homofobia, prometidas por capitães de times de futebol europeus. No entanto, a Fifa ameaçou os capitães com cartão amarelo e o ato foi cancelado. As punições previstas no possível processo disciplinar vão de multa a suspensão.

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